Selo 6: Terremotos, Sol Escurecido e Lua de Sangue – Perturbações Cósmicas Anunciando o Dia da Ira

A abertura do sexto selo no Livro do Apocalipse (Apocalipse 6:12-17) introduz um conjunto de eventos cósmicos cataclísmicos de uma magnitude sem precedentes. Um grande terremoto, o sol escurecido como tecido de crina negra, a lua tornando-se vermelha como sangue e a queda de estrelas do céu pintam um quadro de terror e desordem celestial, sinalizando a iminência do Dia da Ira de Deus e do Cordeiro.

O grande terremoto que ocorre com a abertura do sexto selo não é meramente um tremor físico de grande intensidade. No simbolismo bíblico, terremotos frequentemente acompanham manifestações do poder divino e juízos sobre a Terra (Juízes 5:4, Salmos 18:7, Isaías 13:13). Este terremoto de proporções cósmicas indica uma perturbação fundamental na ordem estabelecida, abalando as próprias fundações do mundo.

O sol que se torna escuro como tecido de crina negra e a lua que se torna toda vermelha como sangue são sinais celestiais de grande significado profético. Esses fenômenos cósmicos invertem a ordem natural da luz, trazendo escuridão e um presságio de violência e julgamento. Profetas do Antigo Testamento como Joel (Joel 2:31) e Isaías (Isaías 13:10) também profetizaram o escurecimento do sol e da lua como sinais do Dia do Senhor, um tempo de intervenção divina e juízo.

A queda das estrelas do firmamento sobre a terra, como figos verdes derrubados da figueira por um terrível vendaval, intensifica ainda mais o cenário de caos celestial. As estrelas, em muitas passagens bíblicas, simbolizam poderes celestiais ou governantes (Daniel 8:10, Apocalipse 1:20). Sua queda massiva sugere a derrocada de autoridades ou poderes cósmicos diante da manifestação da ira divina.

Além desses eventos celestiais, o sexto selo também descreve o céu que se recolhe como se enrola um pergaminho, e todas as montanhas e ilhas sendo removidas de seus lugares. Essa imagem poderosa evoca uma desintegração da ordem cósmica como a conhecemos, um colapso da estabilidade e da permanência da criação diante do poder de Deus.

A reação dos habitantes da Terra a esses eventos cataclísmicos é de terror e reconhecimento da ira divina. Reis, príncipes, generais, ricos, poderosos, escravos e livres se escondem em cavernas e entre as rochas das montanhas, clamando para serem escondidos “da face daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro”. Esse reconhecimento universal da fonte de seu terror demonstra a inegável manifestação do juízo de Deus.

A pergunta que ecoa ao final da abertura do sexto selo – “Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar?” – ressalta a intensidade e a inevitabilidade do juízo divino que está sendo desencadeado. Os eventos cósmicos descritos não são meramente fenômenos naturais intensificados, mas sinais sobrenaturais que anunciam a chegada do tempo do acerto de contas de Deus com a humanidade.

Em conclusão, a abertura do sexto selo no Apocalipse revela uma série de eventos cósmicos aterradores – terremotos massivos, o escurecimento do sol e da lua, a queda de estrelas e o recolhimento do céu – que sinalizam a chegada do grande Dia da Ira de Deus e do Cordeiro. Esses sinais celestiais e terrestres de proporções sem precedentes provocam terror e reconhecimento universal do juízo divino, preparando o cenário para os eventos finais da história.

Resumo: O sexto selo do Apocalipse desencadeia um grande terremoto, o escurecimento do sol e da lua, a queda de estrelas e o recolhimento do céu, provocando terror universal e anunciando a chegada do grande Dia da Ira de Deus e do Cordeiro.