Os sonhos do Faraó e a interpretação de José

Os sonhos do faraó, que ninguém conseguia interpretar, tiveram um papel decisivo no destino de José e do Egito. Este artigo explora como Deus usou os sonhos do faraó para revelar Seu plano soberano e como José, com a sabedoria divina, interpretou os sonhos que o levariam a se tornar o segundo homem mais poderoso do Egito.


A história dos sonhos do faraó e da interpretação de José é um dos momentos mais marcantes do Antigo Testamento e acontece no livro de Gênesis, capítulo 41. O faraó, rei do Egito, teve dois sonhos que o perturbavam profundamente, mas ninguém, entre seus sábios e magos, conseguia dar uma explicação satisfatória. Esses sonhos, por sua vez, eram instrumentos de Deus para revelar o futuro e preparar o Egito para eventos decisivos.

O primeiro sonho do faraó (Gênesis 41:1-7) envolvia sete vacas gordas e saudáveis que saíam do Nilo, seguidas por sete vacas magras e doentes, que devoravam as vacas gordas. O segundo sonho (Gênesis 41:8-14) mostrava sete espigas de trigo cheias e boas, seguidas por sete espigas mirradas e queimadas pelo vento oriental, que devoravam as espigas boas. O faraó ficou perturbado e chamou seus magos e sábios, mas ninguém conseguia oferecer uma interpretação.

Foi então que o copeiro do faraó se lembrou de José, que havia interpretado corretamente os sonhos de dois prisioneiros do faraó, o copeiro e o padeiro, enquanto estava na prisão (Gênesis 40). O copeiro contou ao faraó sobre José e como ele havia interpretado corretamente seus próprios sonhos. Assim, José foi chamado à presença do faraó.

José, ao ser trazido diante do faraó, explicou que não era ele, mas Deus, que revelaria a interpretação dos sonhos (Gênesis 41:16). Isso mostra a humildade e a confiança de José em Deus. Com sabedoria divina, José interpretou os sonhos do faraó, explicando que os dois sonhos eram na verdade uma única mensagem. As sete vacas gordas e as sete espigas cheias representavam sete anos de grande abundância, enquanto as sete vacas magras e as sete espigas mirradas representavam sete anos de fome severa que viriam depois.

José também sugeriu ao faraó um plano para lidar com a fome iminente. Ele recomendou que durante os sete anos de abundância, o Egito recolhesse um quinto de toda a produção de grãos e os armazenasse para os sete anos de escassez. Esse plano foi aprovado pelo faraó, que ficou impressionado com a sabedoria de José. Como resultado, o faraó nomeou José como governador do Egito, colocando-o responsável pela gestão dos estoques de grãos (Gênesis 41:46).

A interpretação de José se cumpriu quando, sete anos depois, uma grande fome atingiu a região, e o Egito se tornou o ponto de referência para a distribuição de alimentos. Durante a fome, os irmãos de José, que moravam em Canaã, vieram ao Egito em busca de alimentos, sem saber que estavam diante de José, que agora era uma figura de autoridade no Egito.

A história dos sonhos do faraó e a interpretação de José não só marcam a ascensão de José a uma posição de poder, mas também demonstram como Deus usa situações aparentemente simples, como sonhos, para cumprir Seus planos soberanos. A fidelidade de José a Deus em todos os momentos de sua vida culminou em sua capacidade de interpretar esses sonhos, sendo ele usado por Deus para salvar muitas vidas.