O arrebatamento e a salvação de Israel
O Arrebatamento e a Salvação de Israel: Uma Perspectiva Escatológica Cristã
O tema do arrebatamento da Igreja e a subsequente salvação de Israel são pilares fundamentais da escatologia cristã, especialmente para aqueles que aderem a uma interpretação dispensacionalista da profecia bíblica. Esses eventos, descritos em várias passagens do Novo Testamento, apontam para o cumprimento final dos propósitos de Deus tanto para a Igreja como para o povo judeu, marcando o clímax da história humana antes do estabelecimento do Reino Milenar de Cristo.
O arrebatamento é geralmente entendido como o evento em que Jesus Cristo retorna para buscar a Sua Igreja – todos os verdadeiros crentes em todos os tempos – levando-os para o céu. Passagens como 1 Tessalonicenses 4:16-17 descrevem este momento dramático: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” Este evento é visto como iminente e sem sinais precedentes específicos que o anunciem.
Após o arrebatamento da Igreja, a atenção profética se volta para a nação de Israel. De acordo com a teologia dispensacionalista, este período coincide com a “Grande Tribulação” de sete anos (Daniel 9:27; Mateus 24:21). Durante este tempo, Deus voltará a tratar de forma central com Israel, preparando-o para o reconhecimento de Jesus como seu Messias. Este período será marcado por perseguições intensas e juízos divinos sobre a terra.
A salvação de Israel nesse contexto não se refere a uma salvação de indivíduos, mas a uma conversão massiva da nação como um todo. Profecias do Antigo Testamento, como as de Zacarias 12:10 e Romanos 11:25-27, indicam que haverá um derramamento do Espírito de graça e de súplicas sobre a casa de Davi e os habitantes de Jerusalém, e eles olharão para Aquele a quem traspassaram e prantearão por Ele. Essa “cegueira parcial” que caiu sobre Israel (Romanos 11:25) será removida, e um remanescente significativo se voltará para Jesus Cristo.
O propósito de Deus para Israel, após a dispensação da Igreja, é central para a compreensão desses eventos. Deus tem um plano eterno e inabalável para o povo judeu, que inclui sua restauração à terra prometida e sua proeminência espiritual no Reino Milenar. A Tribulação servirá como um tempo de purificação e preparação para que Israel esteja pronto para receber seu Messias em Sua Segunda Vinda literal e visível.
A relação entre o arrebatamento e a salvação de Israel é vista como uma progressão lógica no plano redentor de Deus. A remoção da Igreja do cenário mundial permite que Deus retome Seu foco principal em Israel, cumprindo as alianças e promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó. A “plenitude dos gentios” (Romanos 11:25) entraria, e então Israel seria restaurado espiritualmente.
Essa perspectiva escatológica oferece grande consolo e esperança aos cristãos. Para a Igreja, o arrebatamento é a promessa de um livramento da ira vindoura e a oportunidade de estar para sempre com o Senhor. Para Israel, é a garantia de que, apesar de séculos de dispersão e sofrimento, Deus não se esqueceu de Suas promessas e cumprirá plenamente Seus propósitos para a nação eleita.
Em suma, o arrebatamento da Igreja e a salvação de Israel são eventos interligados na teologia profética cristã, marcando o desenrolar do plano divino para a história. Enquanto o arrebatamento é a consumação da esperança da Igreja, a subsequente salvação de Israel durante a Tribulação é a manifestação da fidelidade de Deus às Suas antigas promessas, preparando o cenário para o glorioso reinado de Cristo na Terra.
Resumo: O arrebatamento da Igreja e a salvação de Israel são eventos centrais na escatologia cristã. O arrebatamento é a remoção da Igreja para o céu, abrindo caminho para que Deus retome Seu foco profético em Israel durante a Grande Tribulação. Durante esse período, Israel experimentará uma conversão massiva a Jesus Cristo, cumprindo profecias do Antigo Testamento e Romanos 11. Esse processo é visto como parte do plano inabalável de Deus para a nação judaica, preparando-os para o reinado milenar de Cristo. Essa perspectiva oferece consolo e esperança tanto para a Igreja quanto para Israel.