Os Evangelhos: Vida, ensinamentos, morte e ressurreição de Jesus.

Os Evangelhos são os primeiros quatro livros do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João. Cada um desses evangelistas apresenta uma perspectiva única sobre a vida, os ensinamentos, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Embora cada Evangelho tenha um estilo e um público-alvo distintos, todos concordam sobre a centralidade de Jesus como o Messias, o Filho de Deus, e Sua missão de salvar a humanidade do pecado. Juntos, os Evangelhos formam a base do cristianismo, oferecendo um retrato detalhado de quem Jesus foi e o impacto eterno de Sua obra.

A Vida de Jesus: O Nascimento e o Início do Ministério

Os Evangelhos de Mateus e Lucas narram os eventos que cercam o nascimento de Jesus, com destaque para o anúncio angelical a Maria e a visita dos pastores e dos magos. Jesus nasce em Belém, cumprindo as antigas profecias messiânicas do Antigo Testamento, como a que diz que o Messias viria da cidade de Davi (Mateus 2:1-12). Sua infância é brevemente mencionada, mas é no Evangelho de Lucas que encontramos o episódio de Jesus, ainda jovem, no templo discutindo com os mestres da Lei (Lucas 2:41-50).

O início de Seu ministério público começa com o batismo de Jesus por João Batista no Rio Jordão, um momento importante em que Deus proclama que Jesus é Seu Filho amado (Mateus 3:13-17). A partir daí, Jesus começa a pregar, curar os enfermos, expulsar demônios e realizar milagres, mostrando a autoridade divina que possuía e o cumprimento das profecias messiânicas.

Os Ensinamentos de Jesus: O Reino de Deus e a Vida Abundante

Os Evangelhos estão repletos dos ensinamentos de Jesus, que falam sobre o Reino de Deus, a ética do amor, o perdão, a misericórdia e a justiça. Suas parábolas, histórias simples com significados profundos, são usadas para ilustrar princípios espirituais e morais. Por exemplo, a parábola do filho pródigo (Lucas 15:11-32) mostra a misericórdia de Deus para com os pecadores arrependidos, enquanto a parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37) ensina sobre o amor ao próximo, independente de origem ou religião.

Além disso, Jesus ensina que a vida verdadeira não se encontra nas riquezas materiais ou no poder terreno, mas em seguir a Deus e em viver uma vida de humildade e serviço aos outros. O Sermão da Montanha (Mateus 5-7), um dos discursos mais conhecidos de Jesus, revela princípios fundamentais do Reino de Deus, como a bem-aventurança dos humildes, a importância de buscar primeiro o Reino de Deus e a prática do amor aos inimigos.

Os Milagres de Jesus: Sinais do Poder Divino

Os Evangelhos também relatam inúmeros milagres realizados por Jesus, que servem como sinais de Seu poder divino e Sua autoridade sobre a natureza, a doença e o mal. Ele cura cegos, surdos, paralíticos e leprosos, ressuscita mortos, acalma tempestades e multiplica pães e peixes para alimentar multidões. Cada milagre é uma demonstração da compaixão de Jesus e da manifestação do Reino de Deus entre os homens.

No entanto, Jesus também usa os milagres para ensinar. Por exemplo, ao curar um homem cego de nascença, Ele não apenas restaura a visão física, mas também revela uma lição espiritual sobre a cegueira espiritual daqueles que se recusam a ver a verdade de Deus (João 9:1-12).

A Morte de Jesus: O Sacrifício Supremo

A morte de Jesus é o ponto culminante de Sua missão na terra e é central para a teologia cristã. Nos Evangelhos, a crucificação de Jesus é retratada como o sacrifício necessário para a redenção da humanidade. Jesus, o Filho de Deus, morre na cruz para pagar pelos pecados do mundo, cumprindo as profecias do Antigo Testamento que apontavam para um Messias sofrido e sacrificial (Isaías 53).

Antes de Sua morte, Jesus celebra a Última Ceia com Seus discípulos, instituindo o que hoje é conhecido como a Santa Ceia ou Eucaristia, onde Ele oferece Seu corpo e sangue como símbolo do Novo Pacto (Lucas 22:19-20). Sua crucificação, sofrida por ordem de Pilatos e diante da multidão que clamava por Sua morte, é descrita como um momento de profunda dor, mas também de cumprimento da vontade de Deus (Mateus 27:27-56).

A Ressurreição de Jesus: A Vitória sobre a Morte

A ressurreição de Jesus é a pedra angular da fé cristã. No terceiro dia após Sua morte, Jesus ressuscita dos mortos, derrotando a morte e o pecado. Sua ressurreição é registrada nos quatro Evangelhos, onde é descrita como um evento triunfante que traz nova esperança à humanidade. Ele aparece para várias mulheres e discípulos, comprovando que Ele realmente venceu a morte e cumpriu Suas promessas de vida eterna.

Em Mateus 28:5-10, o anjo diz às mulheres que procuravam Jesus no túmulo: “Ele não está aqui, pois ressuscitou, como disse.” A ressurreição de Jesus não só confirma Sua divindade e Sua autoridade sobre todas as coisas, mas também abre o caminho para a salvação de todos os que crerem n’Ele.

O Grande Mandamento e a Grande Comissão

Após Sua ressurreição, Jesus instrui Seus discípulos a irem e fazerem discípulos de todas as nações, proclamando as boas novas da salvação e batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mateus 28:18-20). Ele os envia em uma missão global para espalhar Seu ensinamento e preparar o mundo para Sua volta.

Conclusão: O Legado de Jesus nos Evangelhos

Os Evangelhos não apenas relatam os eventos da vida, morte e ressurreição de Jesus, mas também convidam todos a segui-Lo, a viver de acordo com Seus ensinamentos e a experimentar a transformação que Ele oferece. Através dos Evangelhos, os cristãos entendem que Jesus não é apenas um grande mestre ou líder, mas o Salvador enviado por Deus para redimir a humanidade e trazer a verdadeira paz. Sua vida e mensagem continuam a impactar milhões de pessoas ao redor do mundo, e Seu exemplo de amor, sacrifício e ressurreição permanece central para a fé cristã.