Aceitando minha verdadeira identidade em Cristo

Por muito tempo, tentei me encaixar em padrões que o mundo impôs. A beleza que me vendiam não refletia quem eu era, e os rótulos que me deram nunca foram confortáveis. Vivia como se precisasse provar meu valor, como se fosse necessário conquistar amor para merecer ser amada. Mas algo mudou quando conheci a verdade que liberta: minha identidade não está no que eu faço, no que eu visto ou no que os outros pensam de mim. Minha verdadeira identidade está em Cristo.

Aceitar essa identidade é mais do que repetir versículos ou ouvir mensagens inspiradoras — é permitir que essa verdade desça do intelecto para o coração. É olhar no espelho e enxergar além das imperfeições. É silenciar as vozes do passado e ouvir a doce voz do Espírito dizendo: “Você é Minha filha amada, em quem tenho prazer.” Quando entendi isso, comecei a me ver com os olhos do Pai. E a transformação foi inevitável.

Em Cristo, eu sou nova criatura. Isso significa que não preciso mais viver presa ao que fui ou ao que fizeram comigo. As culpas, as comparações e os traumas não definem mais quem eu sou. A cruz me deu uma nova identidade, limpa e restaurada. Aos olhos de Deus, sou perdoada, redimida e livre. E mesmo nos dias em que não me sinto assim, essa verdade permanece, porque não depende do que sinto, mas do que Cristo já fez.

Aceitar essa identidade é também aceitar que sou amada incondicionalmente. É saber que não há erro que me afaste do amor de Deus, nem queda que Ele não possa restaurar. É viver com a convicção de que sou filha e que, por isso, tenho herança, propósito e valor eterno. Não preciso me comparar a ninguém, porque em Cristo, sou única e suficiente.

A jornada para aceitar quem eu sou em Deus exige renúncia. Renúncia das mentiras que a sociedade ensina, dos padrões irreais e das feridas que tentei esconder. Mas a verdade é que a identidade que Cristo me dá é a única que permanece de pé quando tudo o mais desmorona. E quando eu me posiciono nessa identidade, começo a viver com liberdade, coragem e autoridade espiritual.

Cristo me convida a viver como Ele me vê: luz do mundo, sal da terra, filha do Rei, embaixadora do céu. Essa não é uma identidade para o futuro, é para agora. Está disponível hoje, mesmo para quem se sente fraca, quebrada ou cansada. Aceitar essa identidade é como voltar pra casa depois de anos perdida. É entender que não preciso ser perfeita para ser usada por Deus, só preciso ser verdadeira diante dEle.

Não é sempre fácil. Há dias em que o passado tenta gritar mais alto. Mas nesses momentos, volto à Palavra e lembro quem Deus diz que eu sou. Não importa o que o mundo diz, ou o que eu mesma penso de mim às vezes — importa o que o Pai diz. E Ele diz que sou amada, escolhida, separada, capacitada e chamada. Essa é a minha identidade, e eu escolho aceitá-la todos os dias.

Se você também luta para se enxergar com os olhos de Deus, eu te encorajo a fazer essa escolha hoje: aceite quem você é em Cristo. Deixe a velha identidade cair por terra. Assuma sua posição como filha, como mulher forte, como diva de Deus. Porque quando você aceita essa verdade, nada mais te prende — e você começa a viver a liberdade de ser exatamente quem Deus te criou para ser.