Deus me fez única: celebrando minha originalidade

Durante muito tempo, tentei me moldar às expectativas dos outros. Queria parecer mais com quem o mundo dizia que era “ideal”. Comparava meu jeito, meu corpo, minha voz, minha história. Mas Deus, em Sua infinita sabedoria, me fez única — e nenhuma comparação pode mudar isso. Aos poucos, fui entendendo que minha originalidade é um presente divino, não um defeito a ser corrigido. E celebrar isso é um ato de fé, cura e liberdade.

Não existe cópia no céu. Deus não nos criou em massa, mas com exclusividade. Ele mesmo afirma, em Salmos 139:14: “Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável.” Isso significa que cada traço em mim carrega a assinatura do Criador. Minha personalidade, meus talentos, meu temperamento e até minhas vulnerabilidades fazem parte de um projeto intencional, cheio de beleza e propósito.

Quando aceito que sou única, começo a valorizar cada detalhe que antes eu criticava. Aquilo que me diferenciava, que me fazia sentir “fora do padrão”, agora vejo como marca da minha identidade em Deus. Ele não me fez para imitar ninguém, mas para refletir a Sua criatividade de forma original. E quando tento ser outra pessoa, eu apago a luz que Ele colocou em mim.

Celebrar minha originalidade é parar de me comparar e começar a me reconhecer. É entender que o meu caminho não será igual ao de ninguém, porque Deus escreveu uma história exclusiva para mim. Não preciso correr na mesma velocidade dos outros, nem ter os mesmos resultados. A única comparação saudável é com a mulher que eu fui ontem — e que hoje está sendo moldada à imagem de Cristo.

A beleza da vida está justamente nas diferenças. E quando cada uma de nós abraça sua identidade, contribuímos com algo poderoso no Reino de Deus. Uma não anula a outra — pelo contrário, juntas, somos mais fortes. A diversidade do corpo de Cristo é uma das maiores provas de que o céu celebra a variedade. Deus ama nossa essência, nosso jeito, nossa entrega.

Muitas vezes, o mundo tenta nos convencer de que ser diferente é errado. Mas a verdade de Deus diz o contrário: ser diferente é ser exatamente como Ele te criou para ser. A mulher que entende isso caminha com segurança. Ela não precisa competir, nem se justificar. Ela sabe quem é, e essa consciência atrai paz, leveza e propósito.

Deus não se arrepende de ter te criado como você é. Ele te olha com amor, celebra suas particularidades e quer que você faça o mesmo. Quando você aceita sua identidade em Cristo e honra a forma como foi criada, está glorificando o Criador. A aceitação pessoal se torna, então, um ato de adoração.

Hoje eu escolho agradecer por quem sou. Escolho celebrar minha originalidade, não como orgulho, mas como reconhecimento da obra linda que Deus fez em mim. Não quero mais tentar ser quem não sou — quero ser inteira no que Deus sonhou quando me formou. Porque eu não sou defeito: sou detalhe precioso nas mãos do Artista Eterno.